quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Com surto psicótico esfaqueia três e leva tiros da Polícia

FOLHA DE LONDRINA


Londrina - Policiais militares precisaram efetuar dois disparos (um no abdômen e outro na perna direita) para frear a fúria do servente de pedreiro Wellington Rodrigues Miranda, de 24 anos, na tarde de ontem, na Zona Norte de Londrina. O jovem teria sofrido um surto psicótico em casa e fugido para a rua. Na Avenida Gines Parra, no Conjunto Maria Cecília, ele esfaqueou três pessoas em um ponto de ônibus.

A ocorrência mobilizou diversas viaturas da Polícia Militar, Siate e Samu. A avenida precisou ser bloqueada para que as vítimas fossem socorridas. Miranda mora no bairro com a mulher e um filho pequeno.

De acordo com um policial militar que atuou na contenção de Miranda, que não quis ser identificado, o jovem teria sido baleado por não ter obedecido à ordem para se entregar e por avançar contra a equipe policial. Segundo o policial, mesmo baleado, ainda foi necessário uso de força física para imobilizar Miranda.

Segundo o soldado do Corpo de Bombeiros Edmar Augusto, o jovem ficou consciente durante todo o socorro. Mesmo assim ele precisou ser atendido pelo médico do Samu e foi encaminhado com risco de morte ao Hospital Universitário.

Uma das vítimas atacadas por Miranda foi Roseli Aparecida da Silva, 47 anos. "Ela sofreu ferimentos nos braços, foi socorrida pelo Siate e encaminhada sem gravidade para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim Santiago, Zona Oeste", informou o soldado do Siate Maurício de Oliveira. De acordo com ele, as outras duas vítimas foram levadas por terceiros ao Hospital da Zona Norte. "Elas tinham ferimentos no rosto, braços e pernas, mas não corriam risco de morte", completou Oliveira.

O irmão do suspeito, Weverton Ângelo Miranda, afirmou que o rapaz passou a demonstrar comportamento estranho nos últimos três dias, após ter chegado de viagem com a família. "Há dois dias, levamos ele até o Centro de Atenção Psicossocial (Caps) porque não estava bem. Mas não deixaram ele internado. Quando foi hoje, o Wellington ficou ainda pior e agitado", complementou. "A mulher dele ficou por duas horas pedindo socorro ao Samu, mas não foi atendida. Logo depois meu irmão saiu para a rua com a faca e fez o que fez", apontou Weverton. Vizinhos e familiares de Miranda reforçaram que, até então, Miranda não havia demonstrado agressividade.
"A mulher dele ficou por duas horas pedindo
socorro ao Samu, mas não foi atendida’’

Paulo Monteiro
Equipe NossoDia

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

POLÍCIA MATA BANDIDO DURANTE ASSALTO

FOLHA DE LONDRINA

Bandido morre ao tentar assaltar ônibus de sacoleiros de Cambé

Edison Temoteo/Estadão ConteúdoPolicial que viajava de carona no coletivo reagiu e trocou tiros com integrantes da quadrilha; outro ladrão, motorista e passageira do ônibus foram baleados

Assaltantes usaram dois carros para interceptar ônibus na Marginal Tietê, em São Paulo, durante a madrugada de ontem
São Paulo – Uma tentativa de assalto a um ônibus de sacoleiros de Cambé terminou com um bandido morto e um ferido na madrugada de ontem, em São Paulo. Durante a troca de tiros entre os assaltantes e um policial militar que viajava de carona com os sacoleiros, o motorista e uma passageira do ônibus também foram atingidos. O grupo havia deixado Cambé no início da noite para fazer compras na Feirinha da Madrugada, no Bairro do Brás, na capital paulista.

O motorista José Aparecido Simonato, de 49 anos, levou um tiro no abdômen e um de raspão na cabeça. Já a passageira Ivonete de Almeida Sales, de 53, foi atingida por um disparo no ombro. Até a tarde de ontem, os dois estavam internados no Hospital das Clínicas de São Paulo. Segundo o boletim médico, a passageira se recuperava bem e estava fora de riscos. Já a situação do motorista, que estava em uma unidade semi-intensiva, inspirava cuidados.

Segundo relato dos passageiros, por volta das 3 horas, quando o ônibus entrou na Marginal Tietê, os assaltantes usaram dois carros para bloquear a passagem. Um dos veículos se aproximou da janela do motorista e anunciou o assalto. Neste momento, o policial, que seria de Ourinhos (SP) e teria pegado carona para trabalhar em São Paulo, efetuou sete disparos que mataram um bandido e feriram outro, que foi preso na sequência.

Segundo a Polícia Civil, Mateus Rocha Vidal, de 18, já tinha diversas passagens por roubo quando menor. Com ele, havia uma pistola Taurus com 13 cartuchos deflagrados. O corpo dele foi levado ao Instituto Médico-Legal (IML). Os outros integrantes da quadrilha bateram o carro em um poste durante a fuga e foram resgatados pelos comparsas que estavam em outro veículo. Apenas um dos criminosos, que dirigia o primeiro carro, não conseguiu escapar. Diego Pereira dos Santos, de 27, sofreu lesões na região do rosto, recebeu atendimento médico e está preso no 2º Distrito Policial (DP), no Bom Retiro.

A Polícia Militar da capital fez buscas pela cidade, mas até a noite de ontem nenhum suspeito havia sido capturado. O 2º DP de São Paulo instaurou inquérito para apurar o caso. A reportagem tentou contato com a empresa Paraná Express, no Parque Manela, em Cambé, mas ninguém atendeu as ligações. Os cerca de 30 passageiros, que seguiam para as compras, aguardavam a liberação do ônibus para poder retornar para Cambé.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que no período de um ano realizou 80 prisões referentes a quadrilhas que atacam ônibus de sacoleiros no Paraná. O chefe de comunicação da PRF no Estado, Wilson Martinez, ressaltou a importância das vítimas informarem em qual quilômetro da rodovia aconteceu o assalto, para que a equipe de inteligência possa monitorar com viaturas descaracterizadas.(Com Equipe Bonde e Vítor Ogawa/Reportagem Local).
Celso Felizardo
Reportagem Local

domingo, 28 de dezembro de 2014

FUSCA DE ROLÂNDIA BATE.. PEGA FOGO E 4 MORREM QUEIMADOS

FUSCA DE ROLÂNDIA BATE.. PEGA FOGO E 4 MORREM QUEIMADOS

odiario.com

Caminhão e Fusca batem, pegam fogo e quatro morrem carbonizados em Miraselva

Alexandre Sanches-ODIARIO.COM
 
Um grave acidente envolvendo um caminhão e um Fusca, que pegaram fogo após a batida, terminou com quatro pessoas mortas carbonizadas por volta das 22h desse sábado (27), na PR-170, entre Prado Ferreira (51 km de Londrina) e o trevo de acesso a Miraselva (62 km).


De acordo com a Polícia Rodoviária Estadual (PRE) de Jaguapitã (55 km), que atendeu a ocorrência, o Fusca, com placas de Rolândia, bateu de frente com o caminhão carregado de bolacha, indo parar do veículo, pegando fogo logo em seguida. Todas as vítimas fatais eram ocupantes do Fusca.

Homens do Corpo de Bombeiros de Cambé (16 km de Londrina) e de Rolândia (25 km) foi acionados para atender a ocorrência, retirando os corpos que estavam presos às ferragens e contendo o incêndio que destruiu os dois veículos.

Informações extra-oficiais dão conta que as vítimas - dois homens e duas mulheres - seriam de uma mesma família. Porém, os corpos que estão no Instituto Médico-Legal (IML) de Londrina aguardavam na manhã deste domingo (28) para serem identificados oficialmente.

Por conta do acidente, a pista da rodovia só foi liberada ao tráfego por volta da meia-noite. O Fusca totalmente destruído foi encaminhado para o Posto da PRE em Jaguapitã. Até as 9h20 deste domingo (28) o caminhão ainda aguardava a chegada de um guincho para ser rebocado até o posto da PRE.

A PRE agora investiga o que teria provocado o acidente. FOTO LUCELIA EM FOCO. ILUSTRATIVA

 

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

MUNDO AINDA CHORA A MORTE DE CHAVES ( ROBERTO BOLÃNOS )

Luis Acosta/AFPNão contavam com a sua astúcia

Humor ingênuo e identificação do público contribuíram para o duradouro sucesso de Chaves e Chapolin

Criador e protagonista de "Chaves", Roberto Gómez Bolaños cativou várias gerações de fãs com as aventuras do menino órfão e pobre que vive dentro de um barril
México - Quatro décadas depois de sua estreia, o programa criado pelo falecido comediante Roberto Gómez Bolaños, mais conhecido como "Chaves", continua sendo exibido em canais de toda a América Latina, apesar da acirrada concorrência de produtos novos e mais sofisticados.

Por que ainda existe quem se coloque à frente da televisão para ver quadros de comédia ingênua e qualidade técnica questionável e que não tem episódios novos desde 1980?

No Brasil, "Chaves" - ou "El Chavo" no original - é exibido continuamente desde os anos 80 e é um dos programas de maior audiência do SBT. Exibido em mais de 25 países, foi dublado em mais de 50 idiomas e acompanhou o crescimento de um público que, muitas vezes sem admitir, continua a assistir à produção mesmo na idade adulta, junto com seus filhos ou não.

"Os programas infantis atuais são voltados para o cinismo. É delirante ou grosseiro como ‘Bob Esponja’, ou têm muita violência, e ‘Chaves’ continua sendo puro, leve, ingênuo, que são os valores de uma criança que o mundo põe a perder depois", explica à AFP José Antonio Valdés, crítico de cinema e TV mexicano.
Pobreza compartilhada

Situada numa humilde vila da Cidade do México, a série narra através da comédia o dia a dia de uma série de personagens liderados por Chaves, um menino órfão e pobre que vive dentro de um barril e sempre sonha com um sanduíche de presunto como gente rica como o seu Barriga, o dono das casas, pode fazer.

Na vila, o menino vivido por Bolaños convive com gente comum como seu Madruga, um desempregado preguiçoso que finge procurar trabalho; a filha de seu Madruga, Chiquinha, a melhor amiga de Chaves; dona Florinda, mãe solteira que, junto a seu filho mimado Quico, acredita ser superior a pessoas a quem chama de "gentalha".

"O impacto da série se dá principalmente na América Latina, onde os níveis de pobreza são altos, e as pessoas se identificam, por isso ‘Chaves’ é universal", afirma Valdés.

O personagem mais famoso de Bolaños apareceu pela primeira vez em 1970 em cenas do programa "Chespirito" (brincadeira com o nome Shakespeare), mas, por causa de seu sucesso, a rede Televisa decidiu produzir, a partir de 1971, uma série que teve 290 episódios até sua última transmissão, em janeiro de 1980.

"Bolaños entendeu que a comédia tem a ver com profundidade, tem a ver com a crítica social (...) e, se analisarmos os roteiros de ‘Chaves’, podemos encontrar códigos bem interessantes, que falam da nossa pobreza, de nossas carências, da importância da família, do papel da mãe. Ele realmente é o nosso Molière", opina Álvaro Cuesta, também crítico de tevê.
Herói latino-americano

Espremido em um justíssimo macacão vermelho e short amarelo, o "Chapolin Colorado", um de seus personagens mais famosos, foi uma espécie de super-herói latino-americano, ou melhor, um anti-herói que Bolaños encarnou para contar as aventuras incríveis de um personagem que se fazia valer de seus duvidosos poderes sobrenaturais.

"Mais ágil que uma tartaruga, mais forte que um rato, mais nobre que uma alface, seu escudo é um coração", dizia uma voz, em off, para apresentar o personagem.

"A coragem não consiste em não sentir medo, mas em superar o medo. ‘O Chapolin Colorado’ o fazia, consciente de que era pequeno, frágil, bobo, incapaz (...) Mas enfrenta o problema. Esse é um herói", disse Bolaños, já transformado em lenda.
Amado, mas criticado

Como outra personagem cômica universal do México, "Cantinflas", "Chaves" também teve pessoas que criticam seu humor fácil e de pastelão ou a transmissão de valores conservadores e discriminatórios.

Para o sociólogo e pesquisador da Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM), Raúl Rojas Soriano, as piadas que Quico fazia sobre a pobreza de Chaves, sobre a obesidade de Nhonho ou o descaso em relação à Bruxa do 71 exaltam comportamentos preconceituosos e machistas.

"As situações que acontecem envolvendo as personagens podem parecer piada, mas, na realidade, são um reflexo grave da sociedade e o programa não dá soluções para melhorar a vida social dos habitantes da vila. Ao contrário, eles são cada vez mais denegridos", considera o acadêmico.

Mas nenhuma crítica parece importar para fãs devotados, que agora choram a morte (ele morreu no último dia 28, aos 85 anos, de causas naturais) de um criador que marcou sua infância e, já adultos, passaram a admirar um programa que, apesar de datado, virou um verdadeiro cult.
France Presse